Sou louco,
mas não sou tanto
Sou tanto
que às vezes me esqueço
Só não
esqueço porque canto
Não canto
tanto porque pouco apareço
Não sou
veneno, mas me mato aos poucos
Tão pouco
tempo e perto de tudo sou tão pequeno
Meu único
terreno próprio é meu instinto de louco
Loucura de
imaginação me torna tão sereno
Inconstância
tão perpétua e incessante
Cesso apenas
meu desejo de cobrar
Cobro tanto
que me faço desinteressante
Por estar
tão preso nesse corpo que me faz falhar
Admito que
eu seja muito esquisita
Só não sou
esquisita porque me visto de característica
Só sou
diferença porque preciso de algo que insista
Persistir em
acreditar que vale
Utopias,
cirandelas, fantasias...
Magistras,
cinderelas, poesias...
Tudo que me
faça ter força todos os dias
E ter a
certeza de que unidos somos mais do que tudo aquilo que eu queria.
Clarice Rosa
Rebelo
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