Adereço
Não
sou quase nada eterno
pois
pertenço a um mundo perecível
Desconheço
qualquer
intenção de infinitude
pois
eu sou imenso e meu mundo é incompreensível
Sou
apenas a memória do que é terno
e
sem esperança de te arrancar suspiros de desespero
Eu
sou apenas o que eu vejo
um
amontoado de adereços
pois
debaixo disso
você
só encontra a mim mesmo
Sou
apenas o que eu não percebo
pois
de minhas qualidades eu esqueço
Vamos
contemplar o erro
nas
idas e vindas
de
uma carcaça
e
desespero
aflição
e inquietude
preciso
resolver agora mesmo
decidir
ao que pertenço
e
o que é segredo
Expandir
meu universo inexpressível
e
refleti-lo
no brilho dos sonhos
Mas
espero que a poesia
nos
seus olhos
não
te distraia dos seus mistérios
e
que lhe ocorra
algum
dia
resolve-los
CRR7
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