A
Fronteira na Janela
Estou
em casa
da
janela nada vejo
apenas
um opaco e
escuro
fundo
de
uma noite sem desejo
Da
janela nada vejo
respingam
pensamentos
e
rebatem como interrogações
Estou
presa no meu
próprio
mar
sem
interlocuções
Na
janela brotou um desejo
apenas
a noite
azul
escura
esperando
ser desvendada
apenas
escondia
uma
intrigante Lua
que
não
permite
ser
encontrada
Da
janela eu não
esqueço
porque
nela habita um medo
um
abismo
ambíguo
e profundo
refletido
em si mesmo
Se
for como um
fundo
opaco ele cruelmente
me
limita ao meu quarto
Se
for a noite infinita
nela
eu caio
e
divago
sinto
medo
do
desconhecido
do
que pode vir e me ferir
ou
me expor
se
for o limite
a
fronteira entre
o
eu e o infinito
estou
presa
à
mim mesma
e
aos questionamentos
inerentes
da
minha alma distraída.
Caio
em um autoabismo
um
mar de interrogações
sem
interlocuções
Não!
Prefiro
a noite penetrável
onde
eu possa dialogar
com
as estrelas
mostrar
a cara
e
as minhas incertezas
E
que o desconhecido
venha
e eu saiba reconhecer
sua
beleza
Quem
sabe a Lua aparece
pra
iluminar
a
noite certa
Quem
sabe
o
brilho do universo
não
me enconraja a voltar para
mim
E
me fazer despedir
dos
medos dos limites
que
existem
em
qualquer fronteira
mesmo
que
a
maior delas seja
entre
o meu próprio ser
e
eu mesma.
CRR7
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