Era
como uma doce melodia tocada
Em
finas canções de prazer
Era
como abraçar uma nuvem
Que
se roça no colo a dizer
Uma
notícia sempre nova
Uma
decisão sempre a percorrer
Era
como ler mililetras
Era
como saborear o querer
Era
como desvendar o mistério
E
o saber
Do
gostar, não gostar ou querer
É
a todo instante fino e culto
Preza
na mais singela certeza de ter
O
que mais se teme a perca
O
que nada pode pô-la a perder
Eu
poderia ouvir o seu pranto
Eu
poderia ouvir seu argumento
“Quem
é que narra sua morte?”
“Que
lhe basta ao descontentamento”
És
inteira em desconcerto
Não
pensa ao menos a metade
“Não
conhece o que é discernimento”
O
Que eu fui então, na vida?
O
que eu poderei ainda ser?
Apaixonável
irritante melodia
Guardada
na gaveta há um dia perceber?
O
que eu fizera por você
Além
de te escrever: cartaz jamais lidas
Além
de participar da sua vida
Além
de existir apenas para você!
O
que me vale respirar todos os dias?
O
ar que eu compartilho com você
Amores
redescobertos
Amizades
escondidas
Tudo
aquilo que um dia eu posso ser...
Nada
além da minha lembrança ficará
O
que vem depois o Universo? O Paraíso? A Salvação?
Deus
mais perto de mim?
Não
sei, sempre estive perto de Deus
O
que realmente irá ficar por aqui?
Essa
passagem se repetirá?
Quem
eu deixar feliz ficará?
Viva!
Aquieta-te sublime! A vida vem e verás
Trata
de viver o instante
As
possibilidades á se multiplicar...
Tomara
que um dia eu viva
Eternamente
nos corações que eu pude passar
E
que algum dia se entendam, os mistérios tão apaixonantes...
Entre
a Terra e o Céu a nos amparar!!